Segundo uma tradição católica estima-se que a Virgem teria nascido a 8
de setembro, num sábado, data em que a Igreja festeja a sua Natividade. Também
é da tradição pertencer à descendência de Davi - neste sentido existem relatos de Inácio de
Antioquia, Santo Irineu, São Justino e de Tertuliano - consta ainda dos
"apócrifos" (1) Evangelho do nascimento de Maria e do
Protoevangelion.
Uma outra
antiga tradição que remonta ao século II é que seu pai seria São Joaquim, descendente
de Davi, e que sua mãe seria Sant'Ana, da descendência do Sacerdote Aarão.
De acordo com o costume judaico aos três anos, Maria teria sido apresentada no Templo de Jerusalém, é também da tradição que ali teria permanecido até os doze anos no serviço do Senhor, quando então teria morrido seu pai, São Joaquim.
Com a morte do pai teria se transferido para Nazaré, onde São José morava. Três anos depois realizar-se-iam os esponsais. Os padres bolandistas, que dirigiram a publicação da Acta Sanctorum de 1643 a 1794, supõem em seus estudos que São Joaquim era irmão de São José, o que caracterizaria um caso de endogamia, o que era comum entre os judeus.
(1)
Os
Evangelhos apócrifos (ou deuterocanônicos), definidos no Concílio de Nicéia,
são manuscritos redigidos pelos discípulos de Jesus e que não foram (nem são)
reconhecidos pela Igreja Católica, sob a alegação de que a veracidade dos
mesmos não poderia ser comprovada.
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