Quando o dia se prepara para nos dizer “até amanhã” ... rs ... fico me perguntando
se sou feliz. Respiro fundo, e entrego-me as lembranças dos dias já vividos e
das boas leituras.
Hoje me entrego aos ensinamentos de Amélia Rodrigues, através da mediunidade de Divaldo Franco. Conta “Amélia” que após o sermão do monte, nas primeiras horas da noite, Jesus voltou à casa de Simão.
Depois do repasto simples, o Mestre acercou-se da praia em companhia do apóstolo afeiçoado. Percebendo que o amigo encontrava-se tristonho questionou o motivo. Simão Pedro então respondeu:
- Cansaço, Senhor. Sinto-me muitas vezes descoroçoado, no ministério abraçado... Não fosse por ti...
É bem assim, que muitas vezes me encontro. Também me deparo a cada instante com dificuldades que me dilaceram os sentimentos, inquietando-me a alma.
Voltando à lembrança dos ensinamentos, diz a benfeitora que naquele momento Simão faz uma pergunta ao Mestre, que tenho certeza que muitos de nós também gostaria de ter a oportunidade de fazer:
- É verdade que devemos perdoar todas as ofensas, no entanto, como suportar a agressividade que nos fere, quando pretende admoestar e que humilha, quando promete ajudar?
- Guardando a paz do coração - redarguiu o divino Benfeitor.
- Todavia - revidou o discípulo sensibilizado -, como conservar a paz, estando sitiado pela hipocrisia de uns, pela suspeita pertinaz de outros, sob o olhar severo das pessoas que sabemos em pior situação do que a nossa?
- Mantendo a brandura no julgamento... Antes de esperarmos atitudes salutares do próximo, cabe-nos o dever de oferecê-las ... Há os que, incapazes de amar, duvidam do amor do próximo; os que mantendo vida e atitudes dúbias descrêem da retidão alheia...
“Na legislação da montanha foi estabelecido que são bem-aventurados os brandos e pacíficos...
“A bem-aventurança é o galardão maior. Para consegui-lo é indispensável o sacrifício, a renúncia, a vitória sobre o amor-próprio, o triunfo sobre as paixões.
“Amar aos bons é dever de retribuição, mas servir e amar aos que nos menosprezam e de nós duvidam é caridade para eles e felicidade para nós próprios.”
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