Afirmou Divaldo Franco, no Seminário “Em busca da Saúde e da Paz”, em 19 de janeiro de 2008,
realizado na Creche Amélia Rodrigues e o Centro Espírita Bezerra de Menezes (Sto.
André - SP), que o amor de Jesus é
extraordinário. Afiançou que Ele desceu ao plano inferior para resgatar Judas, que após reencarnar
doze vezes, num período de 1.200 anos para se redimir reaparece no cenário
terrestre como Joana d’Arc.
Segundo Léon Denis
(Joana D’Arc Médium. Editora Feb, Brasília, 2008) Joana d’Arc, nasceu na
França, no ano de 1412, no lugarejo de Domrémy. Na época a França se encontrava
em meio a uma “desordem” política, social e econômica. O rei Carlos VI estava
doente e, por suas ausências no governo, a competitividade entre a casa da
França e a casa de Borgonha (também na França) aguçou-se.
Os conflitos civis e a desordem social estavam instalados na
França, uma quase que total anarquia e permeada por motins e assassinatos.
Assim, a Inglaterra, sob o comando do rei Henrique V, viu a chance de tomar o
poder na França.
No ano de 1422, o rei
Carlos VI, da França, e o rei inglês Henrique V, morreram.
Quando Carlos VI morreu, tanto Henrique VI (filho de Henrique V) de
Inglaterra como o
jovem Delfim Carlos foram proclamados reis de França; os seus apoiantes
invocavam a instabilidade mental do seu pai como causa para a assinatura do
tratado, declarando-o nulo e considerando o delfim o único legítimo soberano da
França. Porém, cerca de dois terços do reino obedeciam ao rei inglês, entre os
quais Reims,
em cuja catedral os reis de França eram tradicionalmente coroados.
No momento em que a França
estava sendo invadida pelos ingleses, surgiu
Joana D’Arc, insatisfeita com o governo britânico, assim como os
camponeses e populares.
Joana D’Arc era filha de pobres lavradores, aprendeu a fiar a lã junto com sua mãe
e guardava o rebanho de ovelhas. Teve três irmãos e uma irmã. Não aprendeu a
ler, nem a escrever, pois cedo o trabalho lhe absorveu as horas. A aldeia era
bastante afastada e os rumores da guerra demoravam a chegar.
Aos 12 anos começou a ter visões. Era um dia de verão, ao meio-dia.
Joana orava no jardim próximo à sua casa, quando escutou uma voz que lhe dizia
para ter confiança no Senhor. A figura que ela enxergou, identificou como sendo
a do arcanjo São Miguel. As duas mensageiras espirituais que o acompanhavam ,
como Catarina e Margarida, santas conforme a Igreja que ela frequentava.
Eles lhe falam da condição do país e lhe revelam a missão. Ela deve ir
em socorro do Delfim (Carlos VII) e coroá-lo rei de França. Durante 4 anos, ela hesitou e a história de
suas visões começou a se espalhar.
Dessa maneira, Joana D’Arc
partiu para a corte no dia 13 de fevereiro de 1429 e chegou ao Castelo de
Chinon, residência do rei Carlos VII (filho de Carlos VI) no dia 23 de
fevereiro. As primeiras palavras de Joana para o rei foram em relação à visão
que havia tido.
O delfim não ignorava
as aventuras extraconjugais da mãe, Isabeau de Bavière. Sempre a dúvida parece
ter corroído sua personalidade, fragilizada pelo contexto político tão difícil.
Nesse encontro Joana
D’Arc discorreu sobre os vários pedidos que Carlos VII fizera a Deus, enquanto
rezava sozinho na Igreja, foi desta forma que suas palavras tiveram credito
para o rei. Após ser testada também por teólogos, Joana D’Arc recebeu do rei
uma espada, um estandarte e o comando geral dos exércitos franceses.
Maurice Garçon (em Joana D’Arc. Uma santa em armas)
afirma que Joana queria atacar a região de Orleans sob o comando
dos ingleses, por isso enviou um aviso a eles: “A
vós, ingleses, que não tendes nenhum direito neste Reino de França, o Rei dos
Céus vos ordena, e manda, por mim, Joana, a Donzela, que deixeis vossas
fortalezas e retorneis para vosso país, caso contrário farei grande barulho”.
A tropa francesa sob o comando
de Joana conseguiu empreender conquistas em diversas batalhas. Na história essa
disputa ficou conhecida como a Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453), da qual a
França saiu vitoriosa, conseguindo expulsar os ingleses, principalmente do
norte da França.
Parece ter vindo de
Joana d'Arc o conforto ao rei de Bourges sobre sua situação filial, na
entrevista de ambos em Chinon, dando-lhe um pouco de sua confiança.
Carlos VII, agora reconhecido legítimo rei da França foi coroado e
consagrado em 17 de julho de 1429, na Catedral de Reims. A partir desse
momento avisaram-lhe as vozes que cairia prisioneira e ela não se surpreendeu
quando o fato ocorreu.
Graças aos sucessos de
Joana d'Arc, Carlos VII muda de personalidade, de indolente e indeciso,
torna-se enérgico e audacioso.
Na primavera de 1430,
Joana retoma a campanha militar e tenta libertar a cidade de Compiègne,
dominada pelos borgonheses, aliados dos ingleses.
Após a expulsão dos
britânicos, os nobres franceses, representados pelo rei Carlos VII, temerosos
de uma forte aliança popular entre Joana D’Arc e a população camponesa,
entregaram-na para os ingleses. Os borguinhões, aliados da Inglaterra, negociam
a virgem guerreira com os ingleses, obtendo em troca 10 mil libras.
É presa em 23 de maio do
mesmo ano e entregue aos ingleses cujo objetivo era que ela fosse julgada pela
Santa Inquisição, o mais elevado tribunal da Igreja na França.
O tribunal reuniu-se pela
primeira vez em fevereiro de 1431, com a presença do Bispo, um partidário do
Duque de Borgonha, aliado à Inglaterra. Manteve-se firme durante toda a farsa
de seu julgamento, que demorou cinco meses, até sua condenação à fogueira.
Acusada de herege e
feiticeira, depois de meses de julgamento é condenada a ser queimada viva, no
dia 30 de maio de 1431. Seu cabelo foi raspado e, por temerem a reação do povo,
120 homens armados a escoltam até o local. Ela é atada a um poste e a fogueira
é acesa.
Quando as chamas a
envolvem e lhe mordem as carnes, ela exclama: "Sim,
minhas vozes eram de Deus! Minhas vozes não me enganaram".
Era a prova inequívoca da
mediunidade que lhe guiara a trajetória terrena.
Ela foi sustentada pelas
vozes até o último instante, Joana d’Arc pronunciou na fogueira sua última
palavra – Jesus!
Depois de 25 anos a Igreja
reabre seu processo e Joana d'Arc é reabilitada de todas as acusações, torna-se
a primeira heroína da nação francesa. No dia 16 de maio de 1920, 500 anos
depois, o papa Bento XV a proclama “santa”. Hoje, Joana D'Arc é a Santa Padroeira
da França.
No passado distante como Judas
contemplou as cenas humilhantes e angustiosas do drama do Gólgota, naquele
momento o remorso o abraçou, dilacerando lhe a consciência. Mas a fatalidade do
Espirito é a sublimação, de traidor vil que entregou o Amigo querido, da forma
mais ignominiosa, ele, assina como Joana D'Arc no capítulo XXXI de O livro dos
médiuns, Dissertações Espíritas, à de o
número 12, onde ele se dirige aos médiuns, em especial, concitando-os ao
exercício do mediunato:
“Deus me encarregou de
desempenhar uma missão junto dos crentes a quem ele favorece com o mediumato.
Quanto mais graça recebem eles do Altíssimo, mais perigos correm e tanto
maiores são esses perigos, quando se originam dos favores mesmos que Deus lhes
concede.
“As faculdades de que
gozam os médiuns lhes granjeiam os elogios dos homens. As felicitações, as
adulações, eis, para eles, o escolho. Rápido esquecem a anterior incapacidade
que lhes devia estar sempre presente à lembrança. Fazem mais: o que só devem a
Deus atribuem-no a seus próprios méritos. Que acontece então? Os bons Espíritos
os abandonam, eles se tornam joguete dos maus e ficam sem bússola para se
guiarem. Quanto mais capazes se tornam, mais impelidos são a se atribuírem um
mérito que lhes não pertence, até que Deus os puna, afinal, retirando-lhes uma
faculdade que, desde então, somente fatal lhes pode ser.
“Nunca me cansarei de
recomendar-vos que vos confieis ao vosso anjo guardião, para que vos ajude a
estar sempre em guarda contra o vosso mais cruel inimigo, que é o orgulho.
Lembrai-vos bem, vós que tendes a ventura de ser intérpretes dos Espíritos para
os homens, de que severamente punidos sereis, porque mais favorecidos fostes.
“Espero que esta
comunicação produza frutos e desejo que ela possa ajudar os médiuns a se terem
em guarda contra o escolho que os faria naufragar. Esse escolho, já o disse, é
o orgulho”.
Joana d‘Arc.
Li recentemente o livro de confissões de Joana, pela médium Ermance Dufaux...
ResponderExcluirPor: Francisco Muniz - Salvador/BA (facebook)