Vianna de Carvalho em “Atualidade do
pensamento Espírita” (psicografia de Divaldo Franco), nos lembra que o “Espiritismo
é Doutrina dos Espíritos e, portanto, que se desenvolve mediante o contado
permanente com eles. Em uma Casa Espirita o exercício da mediunidade e a sua
prática saudável são essências ao bom desempenho dos seus postulados e
propósitos.”
Figura
01 – Mediunidade com Jesus
O Centro Espírita deve dispor aos
interessados as orientações fundamentadas na codificação Espirita, para o
exercício seguro e saudável da mediunidade.
Seria muito importante lembrar que assevera
o Espírito Manoel Philomeno de Miranda, em página psicografada pelo médium
Divaldo P. Franco na noite de 2 de março de 2000, que “a mediunidade é uma
faculdade portadora de intrincados, sutis e complexos mecanismos, que tem muito
a ver com o passado do medianeiro, bem como se relaciona com as suas
possibilidades de serviço e de integração no programa de iluminação da própria
e de outras consciências.”
Na mensagem supracitada, o Benfeitor
se refere a mediunidade como a “porta estreita”, que constantemente é
instrumento de “auto encontro e de crescimento moral-espiritual”, enfatizando
que é “uma ponte por onde transitam os Espíritos que permanecem vinculados
àqueles que prosseguem reencarnados nas paisagens terrenas.”
Miranda complementa o pensamento de Vianna
de Carvalho lembrando que o Centro Espírita é uma escola educativa e uma
oficina de trabalho onde o amor e o conhecimento orientam as vidas no rumo da
autoconsciência.
Adverte o autor espiritual Philomeno
que o médium é, basicamente, um “Espírito em prova”, resgatando equívocos e
débitos que lhe ficaram na retaguarda moral. A presença da faculdade não lhe
concede qualquer tipo de privilégio ou destaque na sociedade, “não devendo constituir
lhe motivo de orgulho ou de ostentação, antes sendo-lhe um especial instrumento
para o ajudar na reparação de dívidas e adquirir o equilíbrio espiritual.”
O mediunato é alcançado mediante
sacrifício pessoal e muita renúncia, trabalho
perseverante e humildade.
Finaliza a mensagem ressaltando que “a
prática mediúnica, por consequência, deve ser realizada com seriedade, elevação
e siso, seguindo-se, à risca as diretrizes estabelecidas em O LIVRO DOS
MÉDIUNS, de Allan Kardec e a contribuição complementar que vem sendo
apresentada, após a Codificação, por estudiosos encarnados e pelos Espíritos
encarregados de manter a Obra conforme se encontra consolidada na Doutrina
Espírita.”
Deuteronômio é um dos livros do Antigo
Testamento que se encontra depois do Livro dos Números e
antes do Livro de Josué,
cuja autoria é, tradicionalmente, atribuída a Moisés.
Afirmam os estudiosos que o citado livro contém os discursos de Moisés ao povo,
no deserto, durante seu êxodo do Egito à Terra Prometida por Deus.
Deuteronômio é um nome é de
origem grega e significa: segunda
lei ou repetição da lei.
Moisés, o missionário da 1ª Revelação e
o legislador, responsável pela lei civil ou disciplinar, faz constar em
Deuteronômio, cap. 18 a proibição de consultar os mortos:
Deuteronômio,
18 : 11-12
11 Nem
encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem
consulte os mortos;
12 Pois
todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o
Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.
Em primeiro lugar, é necessário
recordar que não se proibi condutas que não são plausíveis. Assim, podemos afiançar
que se Moisés proibia a consulta aos mortos é porque era possível evocar
aqueles que haviam morrido. Com certeza Moisés não iria proibir consultar os
mortos se os mortos não pudessem ser consultados. Por outro lado, essa
proibição de Moisés comprova a imortalidade da alma.
Fazendo uma análise dessa interdição
de Moisés, levando em consideração que o direito só proíbe as consultas nocivas
e constantes, podemos pensar que o povo hebreu tinha o costume de consultar os
mortos, indagando sobre os mais diversos assuntos. Talvez esse foi um hábito
adquirido durante a sua passagem pelo Egito, Sumaria e outros povos do oriente.
Na época de Moisés a humanidade
encontrava-se no estágio de infância espiritual, exigindo, desta forma um
legislador severo, disciplinador, duro, que oferecesse uma série de proibições.
Com o passar dos tempos, as características da humanidade foram se alterando,
exigindo missionários com atributos próprios. Observamos que uma das
características da idade média era a usura, cupidez, demandando um missionário
como Francisco de Assis. Por outro lado o século XIX foi marcado pela
intelectualidade, demandando um catequista como Allan Kardec.
Os componentes do Grupo Espirita “Luis Conzaga”, de Pedro Leopoldo, assim
como vários espiritas de diferentes pontos, realizaram uma série de
questionamentos que foram direcionados a Emmanuel. O Benfeitor, selecionou 411
perguntas, catalogou, respondeu e desta forma surgiu o livro “O Consolador”.
Na questão 274, perguntam a Emmanuel: Qual a intenção de Moisés no
Deuteronômio, recomendando “que ninguém interrogasse os mortos para saber a
verdade? O Benfeitor responde:
“... A época
de Moisés não comportava as indagações do Invisível, porquanto o comércio com
os desencarnados se faria com um material humano excessivamente grosseiro e
inferior.”
Observem que Emmanuel utiliza a
expressão “comércio com os desencarnados”, nos levando a buscar a fazer uma
reflexão sobre o significado do vocábulo. Vamos encontrar a resposta em outra
obra de Emmanuel, ditada a Chico Xavier 30 anos depois do livro O Consolador -
Mediunidade e Sintonia:
“Não nos esqueçamos, porém, de que o
movimento é de intercâmbio. Se o homem recebe o concurso dos Espíritos
Benfeitores, é natural que os Espíritos Benfeitores algo esperem igualmente do
Homem. Nada existe sem permuta ou sem resultado.”
Concluímos assim, que na época de
Moisés, há mais de 3.000 anos atrás a humanidade ainda se encontrava em uma
fase pueril. Seria perigoso permitir o intercâmbio, porque os homens ainda
padeciam de uma criancice espiritual. Procuravam os Espíritos para indagar
sobre questões banais, profundamente ligadas a matéria. Não estavam ainda
sensibilizados para as profundas questões espirituais.
O Livro de Joel faz parte
do Antigo Testamento,
foi escrito pelo profeta Joel. Alguns
sustentam que foi escrito aproximadamente em 400 aC. Em Joel 2:28-29, vamos
observar:
28 E há de ser que, depois derramarei
o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão,
os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
29 E também sobre os servos e sobre as
servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.
Da proibição vamos evoluímos para a
promessa.
Meditando sobre a expressão “Derramarei
o meu Espírito”, percebemos que a profecia significava que a luz seria
derramada sobre as trevas.
No o livro “O Consolador”, na questão
382, é indagado a Emmanuel: Qual a
verdadeira definição da mediunidade? O Benfeitor esclarece que:
“a
mediunidade é aquela luz que seria derramada sobre toda carne e prometida pelo
Divino Mestre aos tempos do Consolador, atualmente em curso na Terra. A missão
mediúnica [...] é uma das mais belas oportunidades de progresso e de redenção
concedidas por Deus aos seus filhos misérrimos [...] Sendo luz que brilha na
carne, a mediunidade é atributo do Espírito, patrimônio da alma imortal,
elemento renovador da posição moral da criatura terrena [...].”
No momento que o Planeta Terra começa
a se preparar para se transformar em um Mundo de Regeneração, surge o
Consolador prometido, derramando luz, ou seja, difundindo a mediunidade.
No Velho Testamento a expressão carne
representa a fragilidade humana do corpo físico, que é perecível e que está
sujeita a Lei de Renovação.
Após a proibição de Moisés o próprio
Cristo encarna para divulgar um novo código de conduta – A BOA NOVA. O Novo
Testamento é rico em manifestações mediúnicas.
Eurípedes Barsanulfo, na obra “O
Espírito da Verdade”, ditado por diversos Espíritos, e psicografado por
Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, no capitulo 67, lembra que Jesus começa
o apostolado divino, santificando lhe os valores na clariaudiência e na
clarividência entre Maria e Isabel, José e Zacarias, Ana e Simeão, no
estabelecimento da Boa Nova.
Dando seguimento, esclarece que a
mediunidade foi sublimada na inspiração junto aos doutores do Templo;
exaltando-a nos fenômenos de efeitos físicos, ao transformar a água em vinho,
nas bodas de Caná; honorificando-a, nas atividades de cura, em transmitindo
passes de socorro aos cegos e paralíticos, desalentados e aflitos,
reconstituindo-lhes a saúde; ilustrando-a na levitação, quando caminha sobre as
águas; dignificando-a nas tarefas de desobsessão, ao instruir e consolar os
desencarnados sofredores por intermédio dos alienados mentais que lhe surgem à
frente; glorificando-a na materialização, em se transfigurando ao lado de
Espíritos radiantes, no cimo do Tabor, e elevando-a sempre, no magnetismo
sublimado, seja aliviando os enfermos com a simples presença, revitalizando
corpos cadaverizados, multiplicando pães e peixes para a turba faminta ou
apaziguando as forças da natureza.
Na opinião dos estudiosos da Doutrina
Espirita o fenômeno maior relevância no Novo Testamento é a Transfiguração de
Jesus no monte Tabor, narrada pelo Evangelista Mateus no 17 capitulo de seu
livro:
1 Seis dias depois, tomou Jesus
consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a
um alto monte,
2 E
transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas
vestes se tornaram brancas como a luz.
3 E eis que
lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele.
4 E Pedro,
tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres,
façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés, e um para Elias.
5 E, estando
ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma
voz que dizia: Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo; escutai-o.
6 E os
discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos, e tiveram grande medo.
7 E,
aproximando-se Jesus, tocou-lhes, e disse: Levantai-vos, e não tenhais medo.
8 E, erguendo
eles os olhos, ninguém viram senão unicamente a Jesus.
9 E, descendo
eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que
o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos.
No
Novo Testamento começa o processo de liberação da luz prometida, sendo o ponto
de partida o fenômeno espetacular da transfiguração do próprio Cristo e a
Aparição de Moisés e Elias, os dois grandes profetas da 1ª Revelação.
Jesus
pede cautela. Solicita prudência, deixando uma lição imortal para todos nós:
mediunidade é algo sério que exige seriedade, cautela e prudência.
Jesus
inicia o processo de abertura com a presença apenas de 3 Apóstolos: Pedro, João
e Tiago.
Vamos
fazer uma reflexão sobre a expressão de Jesus quando afirma segundo Mateus:
“até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos”. Para o povo
hebreu morrer significava deitar-se, e ressurgir dentre os mortos, desencarnar,
significava levantar-se novamente para o plano espiritual.
O
que Jesus solicitava é que Pedro, João e Tiago aguardassem a comprovação de sua
imortalidade para que a mediunidade fosse distribuída - espalhada para todo o
Colégio Apostólico.
Em Atos dos
Apóstolos 2:1-5 pode-se ler:
1 Ao
cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.
2 De
repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a
casa onde estavam sentados.
3 E
lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada
um deles pousou uma.
4 E
todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas,
conforme o Espírito lhes concedia que falassem.
5 Habitavam
então em Jerusalém judeus, homens piedosos, de todas as nações que há debaixo
do céu.
No calendário judaico, o dia de
Pentecostes está simbolicamente ligado ao festival judaico da colheita, que
comemora a entrega dos Dez Mandamentos no Monte Sinai.
O Espírito Emmanuel na obra “Caminho,
Verdade e Vida”, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, no
capitulo 10, afirma que no dia de Pentecostes, Jerusalém estava repleta
de forasteiros. Filhos da
Mesopotâmia, da Frígia, da Líbia, do Egito, cretenses, árabes, partos e
romanos que se aglomeravam na praça extensa, quando os discípulos humildes do
Nazareno anunciaram a Boa Nova, atendendo a cada grupo da multidão em seu
idioma particular.
Conforme Emmanuel Simão Pedro
destaca-se e esclarece que se trata da luz prometida pelos céus à escuridão da
carne. Dando seguimento as suas orientações, Emmanuel esclarece que até aquele
dia, “os discípulos eram frágeis e indecisos, mas, dessa hora em diante,
quebraram as influências do meio, curam os doentes, levantam o espírito dos
infortunados, falam aos reis da Terra em nome do Senhor. Estabelecer-se a era
da mediunidade, alicerce de todas as realizações do Cristianismo, através dos
séculos.”
Iniciadas, aproximadamente, no ano 33
da era cristã, as viagens missionárias de Paulo revelaram a sua missão especial
como “Apóstolo dos gentios”. Ele percorreu grandes distâncias a pé, divulgando
o Evangelho. Chegou um momento que ele se sentiu incapaz de atender a todas as
comunidades. Os grupos cresciam, assim como as dificuldades e as dúvidas se
multiplicavam.
Segundo Emmanuel, na obra “Paulo e
Estevão”, também psicografada por Francisco Cândido Xavier, Paulo temendo não
estar à altura da tarefa que lhe foi confiada, receando não corresponder às
expectativas que Jesus lhe tinha depositado, recolheu-se na Igreja de Corinto
em prece em lágrimas. Nesse momento viu a figura de Jesus que lhe orientou:
“Não te atormentes com as necessidades
do serviço.
É natural que não possas assistir
pessoalmente a todos, ao mesmo tempo.
Mas é possível a todos satisfazeres,
simultaneamente, pelos poderes do espírito.[...]
Poderás resolver o problema escrevendo
a todos os irmãos em meu nome [...]
Doravante, Estevão permanecerá mais
conchegado a ti, transmitindo-te meus pensamentos, e o trabalho de
evangelização poderá ampliar-se em benefício dos sofrimentos e das necessidades
do mundo.”
Inicia-se o fenômeno da psicografia.
Jesus coloca o 1º mártir, Estevão, perseguido, condenado e executado pelo
próprio Paulo, o verdugo ao lado da vítima, mas com um objetivo elevado.
Cabendo a Estevão interpretar o pensamento de Jesus e transmitir a Paulo. Nesse
momento surge na Terra o intercambio da Esfera do Cristo com a Esfera dos
homens.
Assevera Emmanuel que o pensamento do
Cristo se materializa através de Estevão, utilizando Paulo. É claro com uma linguagem
adequada a época.
Nesse
momento conclamamos a todos a perceberem que é Jesus quem orienta os rumos da
mediunidade.
Paulo julgou não dever atuar por si só
e chamou Timóteo e Silas para redigir a primeira de suas famosas epístolas.
Corinto era a capital da província de
romana de Acaia, foi uma importante cidade fundada pelos gregos. Um dos grandes
problemas da cidade era o uso e abuso dos poderes mediúnicos.
Paulo escreveu duas epístolas aos
coríntios, destacando, em ambas, Jesus como a sabedoria de Deus. As Epístolas
aos Conríntios é o primeiro tratado que se tem notícia sobre a mediunidade.
No dia 3 de outubro de 1943, através
de uma mensagem, o Benfeitor Emmanuel apresenta um “Novo Amigo”, o Espírito
André Luiz, introduzindo assim o livro “Nosso Lar”, psicografado por Francisco
Cândido Xavier.
Na referida missiva Emmanuel aconselha
que “o intercâmbio com o invisível é um movimento sagrado, em função restauradora
do Cristianismo puro”, dando seguimento faz uma nota:
“Ninguém, todavia, se descuide das
necessidades próprias, no lugar que ocupa pela vontade do Senhor.”
Em 13 de maio de 1945, o Espirito
Emmanuel escreve o prefácio do 3º livro da Coleção “A Vida no Mundo
Espiritual”: Missionários da Luz, ditado pelo espirito André Luiz, através da
mediunidade de Francisco Cândido Xavier.
No capítulo 9, da
citada obra, Mediunidade e fenômeno,
André Luiz descreve uma reunião no plano espiritual, na qual o Benfeitor
Alexandre realiza uma palestra. Durante o sono físico, encarnados
espiritualistas, não só espiritas, são conduzidos ao mundo espiritual para
assistirem a citada palestra. A maioria deles com tarefas no plano físico ligadas
a mediunidade.
Podemos observar que a humanidade já não se encontrava na infância
espiritual, mas na maturidade espiritual. Jesus, de acordo com o Divino
planejamento, continua expandido a luz da esperança aos Espíritos famintos.
Homens, mulheres amadurecidos intelectualmente e emocionalmente para o
comercio, ou seja, intercâmbio com as esferas superiores.
Na conferência supracitada, o Mentor Alexandre afirma:
“A possibilidade de comerciar emoções com as esferas
invisíveis que vos rodeiam não representa, de modo algum, a realização
espiritual imprescindível à edificação divina de cada um de nós, porque o
problema da glória mediúnica não consiste em ser instrumento de determinadas
Inteligências, mas em ser instrumento fiel da Divindade.”
Acrescenta, com destaque:
“Mediunidade constitui “meio de comunicação”, e o
próprio Jesus nos afirma: “eu sou a porta... se alguém entrar por mim será
salvo e entrará, sairá e achará pastagens”! [...] Doravante seguiremos
confiantes e convictos dos ensinamentos da doutrina espírita, na absoluta
certeza de que o próprio Senhor Jesus é, O Espírito de Verdade.”
Nove anos depois, em 1954, o Espirito
Emmanuel escreve o prefácio do 8º livro da Coleção “A Vida no Mundo
Espiritual”: Nos Domínios da Mediunidade, ditado pelo espirito André Luiz,
através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.
Na oportunidade o Benfeitor afirma
que:
“Todos somos médiuns, dentro do campo mental que nos
é próprio, associando-nos às energias edificantes, se o nosso pensamento flui
na direção da vida superior, ou às forças perturbadoras e deprimentes, se ainda
nos escravizamos às sombras da vida primitivista ou torturada.”
Desta forma, podemos concluir que assim
como o avarento é instrumento das forças miseráveis do mundo espiritual, o
caridoso é instrumento da bondade do mundo maior.
Se procuramos o plano espiritual
objetivando receber orientação, os Benfeitores também nos buscam como
instrumento para a concretização dos propósitos do Cristo. É esse o comercio, é
esse o intercâmbio, é essa a permuta.
Poderemos
finalizar nossas humildes anotações lembrando Allan Kardec no Evangelho Segundo
o Espiritismo, capitulo XXIV, item 12, quando afirma:
“A
mediunidade não implica necessariamente em relações habituais com os Espíritos
superiores. É apenas uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos útil
aos Espíritos em geral. O bom médium, pois, não é aquele que comunica
facilmente, mas aquele que é simpático aos bons Espíritos e somente deles têm
assistência. Unicamente neste sentido é que a excelência das qualidades morais
se torna onipotente sobre a mediunidade.”
Bibliografia
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São Pauli: Paulus,
2002.
2.FRANCO, Divaldo Pereira. Atualidade do Pensamento
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Tradução de Guillon
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124ª ed. Rio de Janeiro, FEB, 2005.
4.MIRANDA, Manoel P. Página psicografada pelo médium
Divaldo P. Franco.
em 2 de março de 2000, em Salvador, Bahia.
5.XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida.
Espírito Emmanuel.
27ª ed.
Rio de Janeiro: FEB, 2006.
6.XAVIER, Francisco Cândido.
Mediunidade e Sintonia. Pelo Espírito Emmanuel.
1ª ed. Rio [de
Janeiro]: FEB, 1986.
7.XAVIER, Francisco Cândido. Missionários
da Luz. Espírito André Luiz. 1ª ed.
Rio [de Janeiro]:
FEB, 1986.
8.XAVIER, Francisco Cândido. Nos
Domínios da Mediunidade. Espírito André
Luiz. Espírito André Luiz. 1ª ed. Rio
[de Janeiro]: FEB, 1955.
9.XAVIER, Francisco Cândido. Nosso Lar. Espírito
Emmanuel. 45ª ed. Brasília:
FEB, 1996.
10.XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. Espírito
Emmanuel. 10ª ed. Rio
[de Janeiro]: FEB, 1984.
11.XAVIER, Francisco Cândido. O Espirito da Verdade.
Espíritos Diversos. 1ª
ed. Rio de Janeiro: FEB, 1992.
12.XAVIER, Francisco Cândido. Paulo e Estevão. Espírito
Emmanuel. 43ª ed.
Rio de
Janeiro: FEB, 2006.